Batman
v Superman: A Origem da Justiça está logo ali e
chegará aos cinemas dentro de 10 dias (dia 24/03). O Titans Desatualizados está
com uma série de postagens em preparação para tal, revisitando todos os filmes
live-action que os dois heróis já protagonizaram no cinema. Nos últimos quatro
dias, em quatro posts nós falamos dos bons filmes (Batman, Superman: O Filme,
Batman: O Retorno e Superman II: A Aventura Continua, clique para ir às respectivas críticas). Contando com hoje e os
próximos três dias, nós vamos passar por muito sofrimento. O primeiro deles
logo abaixo.
Aviso: Caso você não tenha assistido o
filme (nem precisa), saiba que a crítica a seguir está repleta de
spoilers! Você foi avisado...
Lançado
três anos após Batman: O Retorno, em
1995, Batman: Eternamente (Batman Forever) foi dirigido por Joel Schumacher (Tim Burton deixou a cadeira do diretor e atuou como produtor),
escrito por Lee Batchler, Janet Scott-Batchler e Akiva Goldsman e trouxe um elenco
composto por grandes nomes como Val
Kilmer, Tommy Lee Jones, Jim Carrey, Nicole Kidman, Michael Gough
(retornando), Pat Hingle
(retornando) e Chris O’Donnell.
Veja
bem... eu não quero perder mais muito tempo com esse filme. A verdade é que
depois de assistir metade dele (uma hora inteira!), eu já estava implorando pra
alguém me matar, mas ainda assim eu segui em frente até os créditos finais
começarem a subir. Então me deixe dizer isso logo de cara: esse filme é uma
bagunça gigantesca.
Aparentemente,
os executivos da Warner perceberam com os dois filmes anteriores que Batman é
uma marca que é sinônima de muito dinheiro. E eis que decidiram fazer mais um
filme, claro. Tiraram Michael Keaton do papel principal e Tim Burton do posto
do diretor e colocaram nos lugares Val Kilmer (um erro) e Joel Schumacher (o
pior erro que poderiam cometer), respectivamente. O resultado foi Batman: Eternamente, um filme tão ruim
que incomodou até Bob Kane.
O filme, assim como o antecessor, traz dois
novos vilões: Harvey Dent/Duas-Caras (Tommy
Lee Jones) e Edward Nygma/O Charada
(Jim Carrey) e ambos têm síndrome de Coringa. Os dois agem como palhaços loucos
e assassinos o tempo inteiro. E eles são péssimos.
O
plano do Duas-Caras é descobrir quem é o Batman e mata-lo, o plano do Charada é
usar uma invenção estranha de TV 3D que ele criou para se conectar aos cérebros
das pessoas de Gotham e ficar mais inteligente (?). Portanto, eles resolvem se
juntar para se ajudarem.
A
escolha de Joel Schumacher foi a pior que eles poderiam ter feito. A direção
dele é porca, descuidada, com uso abusivo de ângulos holandeses (mais do que no
primeiro Batman), o insistente uso de
close-up nas bundas dos atores (eu nem tô brincando, sério) e sua montagem é
vergonhosa.
A
Gotham City de Batman: Eternamente deixou
de ser a metrópole sombria de outrora para se tornar um pesadelo de neon (com
direito até à uma Estátua da Liberdade).
O
roteiro é inexistente. Não faz sentido, é ridículo e tenta se levar a sério.
Alguns juram que Batman: Eternamente
tentou recriar a atmosfera e vibe “campy” da série de TV da década de ’60, mas
esse roteiro se leva a sério demais para tal.
Os
personagens são atrocidades ao cinema e ao material original. Nicole Kidman
interpreta uma psicóloga ninfomaníaca e C-A-D-A cena dela ao lado do Batman de
Kilmer te faz ranger os dentes de tão ruim. E então temos o Robin de Chris O’Donnell...
Olha
só: talvez eu não seja a pessoa mais qualificada para falar dos Robins. Eu
nunca gostei de nenhum Robin que eu vi. Certamente eu gosto do personagem que
eles eventualmente acabam se tornando (Dick Grayson vira o Asa-Noturna e Jason
Todd vira o Capuz Vermelho, por exemplo), mas eu nunca engoli a ideia de que um
bilionário justiceiro que sai pelos telhados de uma cidade corrupta fazendo
criminosos engolirem os dentes aceitaria em plena lucidez ter uma criança
acrobata ao lado dele (o que é bastante comum nos quadrinhos, não é mesmo? Tome
Ricardito ou Bucky Barnes como exemplos).
Mas
nada, absolutamente nada, serve de desculpa para o holocausto que foi escolher
Chris O’Donnell para vestir o manto do Garoto Prodígio. E me admira que ele
continue na sequência...
Ah, e é claro, Joel Schumacher deu a sua primeira investida nos malditos Bat-mamilos. Eles estão ali, suaves, mas presentes. E ficaria pior. Muito pior.
Batman: Eternamente definitivamente não
deveria ter existido, deveria ter ficado no papel em que foi escrito, trancado
em alguma masmorra obscura em algum fim de mundo por aí. Mas existe, foi filmado
e lançado no planeta Terra. O roteiro é ridículo, as atuações são terríveis, os
vilões são horrendos (no sentido pejorativo da palavra), os efeitos especiais
são esdrúxulos, Gotham é uma piada de tão espalhafatosa e falsa e os diálogos
são excruciantes. Batman: Eternamente
foi um erro que acabou fazendo dinheiro o suficiente (US$ 336,5 milhões de
bilheteria com US$ 100 milhões de orçamento) para garantir uma sequência. UMA
SEQUÊNCIA! E, sim, nós vamos falar dela aqui também... Oh, o horror!
AVALIAÇÃO:
0.5/5
"Péssimo" |
Mas
o sofrimento ainda não acabou. Amanhã tem mais. E depois... e depois...
Valeu pelos comentários. Já não vou assistir. Não gosto de perder tempo com o que não presta. Obrigado.
ResponderExcluirTommy Lee Jones é um bom ator no filme de Batman. Na verdade não sou muito fã do seu trabalho, mas em Apenas o Começo me surpreendeu. Acho que se consolidou como ator e conseguiu encantar ao espectador. Recomendo muito o filme, é um dos Tommy Lee Jones filmes que mais vale a pena ver. Se alguém ainda não viu, eu recomendo amplamente, vocês vão gostar com certeza.
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