segunda-feira, 21 de março de 2016

O Homem de Aço | ...e o Universo Cinematográfico da DC começa a tomar forma. (Crítica)



Com a nossa série de posts em preparação para Batman v Superman: A Origem da Justiça, que chega aos cinemas no próximo dia 24/03, chegando ao fim, só faltam mais dois filmes para falarmos sobre. Vamos agora falar do filme mais recente do universo cinematográfico da DC, que foi lançado há três anos:
            

Aviso: Caso você não tenha assistido ao filme, saiba que a critica a seguir contém alguns spoilers! Você foi avisado...
            

Lançado em 2013 e sendo o precursor direto de BvS, O Homem de Aço (Man of Steel) foi dirigido por Zack Snyder e escrito por David S. Goyer e Christopher Nolan, trazendo um grande elenco composto por Henry Cavill, Michael Shannon, Kevin Costner, Amy Adams, Diane Lane, Russell Crowe e Laurence Fishburne.
            
Depois do retorno financeiro insatisfatório de Superman: O Retorno e o sucesso de Batman Begins e, principalmente, de Batman: O Cavaleiro das Trevas, a Warner começou a repensar o Homem de Aço e decidiu recomeçar tudo, encomendando um reboot que seguisse os moldes que a trilogia do Homem-Morcego de Christopher Nolan apresentou, como um universo mais realista (na medida do possível, no caso do Superman) e sombrio. E então, sete anos após o quinto filme do herói, eis que nós revemos sua origem.



            
O filme abre, assim como o primeiro longa de 1978, em Krypton e nós (re)vemos várias coisas como o nascimento de Kal-El, as preparações para enviar o garoto para outro planeta, o julgamento de Zod (Michael Shannon) e sua equipe e a destruição de Krypton, só que dessa vez com muito mais detalhes. Temos algumas amostras da cultura Kryptoniana, algumas espécies nativas do planeta e uma espécie de breve “guerra civil” e Zod com suas motivações de “raças superiores”. Somos apresentados à um Jor-El (Russell Crowe) diferente, um Jor-El porradeiro.
            
O Homem de Aço, assim como Batman Begins, também segue uma estrutura de narrativa não-linear, repleto de flashbacks e flashforwards, e em algumas vezes isso pode dificultar o entendimento e requer uma atenção redobrada.
           
As atuações são todas boas, principalmente as de Kevin Costner como Jonathan Kent e Russell Crowe. Um dos maiores problemas do longa, no entanto, reside no roteiro e seus personagens extremamente mal desenvolvidos. O Homem de Aço não demora para cair direto na ação desenfreada.
            
A direção de Zack Snyder e a fotografia de Amir Mokri não são muito boas. Primeiramente, eu fiquei surpreso quando descobri que esse filme foi capturado em filme fotográfico! Mas de que adianta usar filme se, na pós-produção, você vai tirar todas as características dele? O Homem de Aço é tem um visual bem moderno, contemporâneo, e é recheado de efeitos especiais. Na verdade, o filme parece depender demais da computação gráfica.



            
A imagem é bastante limpa e o contraste é relativamente alto, mas o longa tem uma certa ausência de cores. Um tom frio e azulado permeia toda a película de 143 minutos e tudo é muito sombrio, até mesmo o característico uniforme vermelho-e-azul do herói é em tons mais escuros.
            
A câmera é inquieta e o movimento é incessante, com repetidos crash-zooms (zooms rápidos, bastante usados por Quentin Tarantino em seus filmes, por exemplo) e o uso absurdo de lens flares (uma maldita maldição que começou a se tornar popular com o renascimento de Star Trek por J. J. Abrams). É certo dizer que tudo em O Homem de Aço foi feito para impressionar, para ser um espetáculo visual, e nada além disso.
           
O Homem de Aço é um filme com personagens rasos, um romance que não convence (nada de inesperado vindo de uma história escrita por David S. Goyer e Christopher Nolan) e uma história bem simples, mas ainda assim é um blockbuster bem divertido de se ver.



AVALIAÇÃO: 3/5
"Bom"

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