E seguindo em frente em preparação para Batman v Superman: A Origem da Justiça
com essa série de posts nostálgica, revisitando cada filme dos dois heróis no
cinema. E hoje, vamos falar de:
Aviso: Caso você ainda não tenha
assistido o filme (por algum motivo), saiba que a crítica a seguir está repleta
de spoilers! Você foi avisado...
Lançado
em 1978, Superman: O Filme (seu
título original é Superman: The Movie,
e aqui no Brasil ele também ficou conhecido como apenas “Super-Homem”) foi
dirigido por Richard Donner (e Howard Hawks, embora ele não tenha sido
creditado), escrito por Mario Puzo (sim.
O criador de O Poderoso Chefão e outros, como Jerry Siegel, Joe Shuster,
David Newman, Leslie Newman e Robert
Benton) e trazia um elenco composto por Gene Hackman e Margot Kidder
e capitaneado pelos eternos Marlon
Brando e Christopher Reeve.
A
ideia para o filme surgiu lá em 1973, e desde então o projeto passou pela mão
de vários roteiristas e, principalmente, vários diretores, até cair no colo de
Richard Donner. A produção de Superman
foi extremamente conturbada, tendo acontecido ao mesmo tempo que a produção da
sequência, Superman II. Vários
problemas e tensões surgiram, principalmente desentendimentos de Donner com os
produtores.
Mas
mesmo com os problemas, essa superprodução que custou cerca de US$ 55 milhões
foi realizada e chegou aos cinemas em 1978 e foi um sucesso de crítica e,
principalmente, de bilheteria, tendo arrecadado mais de US$ 300 milhões.
O
filme abre com uma longa sequência em Krypton, explicando ao público a origem
do Homem de Aço. A primeira cena é a condenação do General Zod e seus comparsas
por algum crime, onde eles são presos na Zona Fantasma. A cena seguinte mostra Jor-El (Marlon Brando, que descanse em paz) tentando
explicar aos superiores, sem sucesso, que o planeta deve ser evacuado pois está
próximo de explodir, e a próxima cena nos mostra Jor-El e sua esposa abrigando
seu filho, o pequeno bebê Kal-El, em
uma capsula espacial e o enviando para a Terra, escapando, assim, do fim de
Krypton.
A sequência
que segue mostra o Super-Bebê chegando à Terra, 3 anos após sua partida de
Kypton, onde ele é encontrado e acolhido por Jonathan e Martha Kent. A partir
daí, vemos Clark Kent crescer, até a morte de seu pai adotivo Jonathan, a
viagem de Clark para uma espécie de “autodescoberta”, o surgimento da Fortaleza
da Solidão onde descobre um holograma com a memória de seu pai biológico, Jor-El,
e aprende sobre sua origem até que, finalmente, vemos sua chegada em Metropolis
onde, já adulto, é interpretado por Christopher Reeve.
O
longa tem um início bem lento e cadenciado, totalmente feito para estabelecer
não só esse filme como também sua sequência, e esse é um de seus maiores
problemas. Os produtores estavam tão certos do sucesso de Superman que não só já planejavam uma sequência como exigiram que
ela começasse a ser estabelecida no primeiro filme, de modo que temos cenas
como o aprisionamento de Zod na Zona Fantasma que não servem para nada nesse filme
e em nenhum momento são citadas novamente, e só o seriam no próximo longa.
Não
demora para sermos introduzidos ao Clark Kent desajeitado, repórter do Planeta
Diário, onde conhece Lois Lane
(Margot Kidder), e nem para vermos o vilão do filme, Lex Luthor (Gene Hackman, de peruca!), pela primeira vez. E aqui
ele é vilão porque... bem, porque sim, oras! Superman é um filme bem clássico e clichê em vários aspectos, muito
em parte porque seu material original é desse jeito.
Daí
pra frente são apenas momentos épicos e excitantes, como a primeira aparição do
Homem de Aço propriamente dito, salvando: Lois Lane de um acidente de
helicóptero no topo do prédio do Planeta Diário, e também o Força Aérea Um (o
avião do presidente dos Estados Unidos) que foi atingido por um raio e perdeu
uma de suas turbinas e estava prestes a cair. Além da captura de alguns
bandidos num iate. Tudo isso ao som estrondoso da incrível e empolgante trilha
sonora do para sempre mestre John Williams.
Christopher Reeve (que descanse em paz) É o Superman. Não tem pra ninguém. Esse cara veste aquele spandex azul com capa vermelha e ele simplesmente DOMINA o papel.
Ao
mesmo tempo, vemos os planos malignos de Luthor para destruir toda a costa
oeste dos EUA, além de Hackensack, em Nova Jersey. Por quê? Porque ele quer ter
a sua própria costa-oeste, chamada de Costa del Lex com regiões como Luthorville,
Marina del Lex e Lex Springs...
O
longa é extremamente bem dirigido e fotografado, e é muito bonito até hoje em
suas cenas sem efeitos especiais, como nos planos para estabelecimento de
localização ou situação.
Superman é um filme com problemas,
claro. O roteiro, em diversos momentos, não faz o menor sentido, como na cena
em que o Homem de Aço inverte a orbita da Terra para poder voltar no tempo e
salvar Lois. Essa cena, por mais icônica que seja, não faz sentido nenhum, e
não é porque seria cientificamente impossível (um homem voando já é impossível
o suficiente), mas sim porque não faz sentido dentro do próprio universo do
longa. Afinal, porque algumas coisas voltam no tempo e outras não? Porque o
roteiro quis assim, ué.
Um
dos maiores problemas hoje em dia é a ação do tempo sobre o filme, que já tem
quase 40 anos de idade. Os efeitos especiais foram bastante revolucionários por
si só, mas hoje em dia não convencem nem uma criança de 2 anos.
Mas,
mesmo com seus problemas, Superman
ainda é um filme incrivelmente divertido, em iguais quantidades, tanto por seus
momentos ótimos quanto por suas galhofas. Ainda vale muito a pena assistir, e o
longa ainda é considerado por muitos como a representação definitiva do
personagem no cinema. Não posso discordar.
AVALIAÇÃO:
4/5
"Ótimo" |
E fiquem ligado aqui no Titans Desatualizados, pois amanhã vamos voltar à Gotham City com Batman: O Retorno!
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