quarta-feira, 30 de abril de 2014

O Inimigo de Deus, de Bernard Cornwell - Resenha



Autor: Bernard Cornwell
Editora: Record
Gênero: Medieval, Guerra, Fantasia
509 páginas



O Inimigo de Deus


O Inimigo de Deus (Enemy of God) é o segundo volume da trilogia As Crônicas de Artur (The Warlord Chronicles) — iniciada em O Rei do Inverno (The Winter King) e finalizada em Excalibur — e foi escrito pelo autor britânico Bernard Cornwell, tendo sua edição original publicada pela primeira vez no ano de 1996 pela editora Penguin Group. No Brasil, o livro foi publicado pela primeira vez no ano de 2002 pela editora Record.


ATENÇÃO: A partir daqui, o seguinte texto pode conter alguns SPOILERS da trama, principalmente do primeiro livro. Como sempre, irei tentar minimizar ao máximo as revelações do enredo. Mas, mesmo assim, leia por sua conta e risco!


A trama


"O Inimigo de Deus" continua de onde "O Rei do Inverno" acabou. Artur conseguiu ganhar a guerra após vencer a batalha no Vale do Lugg. Com essa vitória, conseguiu reunificar todos os reinos da Britânia sob juramento de fidelidade do novo Grande Rei Mordred da Dumnonia, neto do falecido Rei Uther.

Com a Britânia em paz interna e a aproximação da proclamação de Mordred ao trono, resta ainda um último desafio: expulsar de uma vez por todas os bárbaros saxões que constantemente invadem o reino.

Mas a paz na Britânia não durará por muito tempo. Um constante conflito entre as religiões antiga (pagã) e a nova (cristã) cresce e se torna cada vez mais forte, podendo prejudicar os planos de Artur para a paz completa. Para ele, não importa qual das duas religiões vença, mas Merlin não pretende abandonar a antiga religião tão facilmente. Ele parte então — junto com a ajuda de Derfel — em busca d'Os Treze Tesouros Sagrados da Britânia, com a crença de que, se ele conseguir reuni-los, a religião cristã será destruída, os saxões invasores serão jogados ao mar e toda a Britânia viverá como antes: em paz e em meio aos Deuses.

E, de onde menos espera, Artur recebe golpes fatais à sua causa.


A narrativa


Mais uma vez, a narrativa de Cornwell surpreende. Além da descrição detalhadíssima já característica, ainda temos a opinião do autor, na visão de Derfel, sobre a "guerra" entre a religião pagã e a cristã. Não há muito o que falar da narrativa no geral, já que tudo o que era possível analisar se encontra na minha resenha de "O Rei do Inverno".

Por mais que essa seção fique bem curta, ainda posso falar que o começo do livro (assim como o primeiro volume) é bem monótono e tudo vai começar a fluir melhor depois das 100 ou 150 páginas.

No caso dos personagens, temos alguns novos apresentados. Um deles é Mordred, o neto de Uther e o novo Grande Rei da Britânia. Pra todos aqueles que já leram As Crônicas de Gelo e Fogo, principalmente: vocês irão encontrar muitas semelhanças entre Mordred e Joffrey, tanto por serem jovens reis, como por serem mesquinhos, arrogantes e um tanto sádicos.


Vale a pena?


Com toda certeza do mundo! Como eu já havia recomendado na resenha do primeiro livro, todos aqueles que gostam de fantasia medieval cruel e bastante crível (como nesse caso d'As Crônicas de Artur e nos primeiros livros de As Crônicas de Gelo e Fogo), "O Inimigo de Deus" é um prato cheio. Leia sem nenhuma moderação!










0 comentários:

Postar um comentário